Wednesday, July 11, 2007

sms e as catarinetes


De um grupo de costureiras com casa posta na Reboleira [mas que preferem manter os anonimato] recebi o seguinte sms:

Bloguista cretino associa candidata às costureiras. Nós fazemos obra nova, não andamos a cerzir. Antes alternadeiras que cerzideiras. Essa que se diz arquitecta não vai ter o apoio do nosso grupo profissional. Costureiras por LX [ml®]

Tentei colher informações junto da lendária costureirinha da Sé [do Porto] mas tem o telefone cortado [falta de pagamento ou cabo traçado pelas obras na avenida da ponte, suponho]. Fico assim sem muito mais que dizer acerca deste assunto, a não ser que tudo terá começado, porventura, na minha invectivação Valha-vos Santa Catarina padroeira das costureiras! dirigida aos provincianos estacionados em Lx e que aí portanto são votantes. Aludia eu à possibilidade das mezinhas da ex-bastonária poderem não surtir qualquer efeito para requalificação da vida urbana. Daqui a dois anos estaria tudo na mesma ou pior e os independentes passaram a bestas sem mais, apenas porque são cidadãos por qualquer causa.

Quanto à questão das padroeiras fui de facto eu quem introduziu a Santa Catarina na campanha, mas por associação de ideias e apenas para dar uma palavra de alento e esperança aos lisboetas. Afinal precisam de alguém que os proteja e se não for santo ou santa bem podem esperar por um milagre sentados em vão de escada. Se optei por Catarina, embora não especificando se se tratava da de Alexandria, a Megalomártir, ou de Sena, a co-padroeira da Europa, posteriormente fiquei assaltado pela dúvida. É que a primeira tem festa a 25 de Novembro e a segunda a 28 de Outubro. Feita a pesquisa a que as meninas da Reboleira me convidavam acabei por me decidir pela de Alexandria. Embora a de Sena com um campo de protecção menos alargado sempre protegesse os estilistas [juntamente com as pessoas com dores de cabeça e ainda que se mostre eficaz contra incêndio] o que para a circunstância foi o mais parecido com a arte. Pareceu-me que a protectora dos estudantes, dos filósofos, dos bibliotecários, dos ciclistas, dos moribundos, contra a morte repentina, contra o aborto e contra acidentes de trabalho, a princesa de Alexandria, tirando as partes dos estudantes, filósofos e bibliotecários, até se ajustava sem grande manobra da imaginação. Estava nestas elucubrações quando alguns bits do outro lado do Atlântico deram sugestiva pista: as catarinetes!

Instalada a indecisão e verificada a incompatibilidade decidi pôr-me de lado na polémica e aconselhar que se esmerem no discernimento de alguma protecção realmente eficaz. E o diabo que escolha.


2 comments:

Anonymous said...

Já que somos faladas vamos a previsões:
Despachamos os fadistas às primeiras horas. O agricultor vai com eles. O doutor já é cliente habitual, não vai haver surpresas. O tipo engravatado das camisas sem colarinhos que se vejam não sabemos se consegue dar alguma coisa. O do bloco é nosso apoiante. Do negrão [o ai das meninas encalhadas] ainda vamos ver se é só fama ou se tem proveito que o abone. Dos outros dois andamos desconfiadas: um não sai de cima, o outro ainda não deixamos de o ver como sendo quem mandava nos polícias. Sobra a mulher mas não contem connosco.
Vida de alternadeira é f...

AM said...

"Temos de usar aquilo em que somos competitivos. As costureiras já dão o máximo de pontos por minuto que podem... os arquitectos são da melhor tecnologia que temos em Portugal"

http://odesproposito.blogspot.com/2006/01/aldeia-dos-arquitectos.html