parece não ter nada a ver com estas histórias que se justificam no 1º dia de maio.
embora não haja dúvida de que o carrapato é uma carraça ou seja um aracnídeo acarino que cisma em andar agarrado a tudo o que é vivo [mexe e está quente, é o que interessa] para lhe chupar o sangue [diz-se também dos importunos e dos maçadores, dos chatos numa palavra]
não, não, essa propriedade não se refere a qualquer sistema defensivo contra o mafarrico [havia quem metaforicamente, já se vê, o visse como tal] nem este era chamado para a festa de maio a qualquer título: as maias, essas sim, apesar de verdes e amarelas é que são as protagonistas.
assim
revisto o tema passo a tentar a síntese: a história [a sê-lo] remonta a tempos há muito idos, pode até ser lenda.
estava eu em reflexões quando o telefone tocou: [atendi] e do outro lado veio a recomendação: - sei que andas metido nessa coisa dos blogs a inventar o mais das vezes historietas [sim, sem convicção, só para adiantar a sequência] – agora não te esqueças de referir que amanhã é o dia do trabalhador o 1º de Maio… [sim, mas… eu tentava escapar ao tema e à admoestação, mas parece que sem êxito, é que…] – o que disseste está dito [onde terei errado pensei] e o que passou passou, mas desta vez não te deixo avançar sem a lembrança!
ok, respondi, vou tentar [a convicção não me pareceu o meu melhor argumento, ainda que ao telefone todas estas coisas sejam mais fáceis e pareçam mais verosímeis]
[desligado] ficaram-me a bailar os carrapatos, o mafarrico, as maias [afinal era sobre estas que queria escrever] e o 1º de Maio [que tudo parece fazer coincidir]
ora aqui está [!] um tema para a escrita de hoje: afinal ainda que espalhado por muitos sítios o costume da aplicação das maias na transição do trinta de abril para o primeiro de maio ainda é também marcadamente portuense [isto é comprovadamente a memória a impor-se]
mas que raio é que se pode dizer disto? [foi aqui que o carrapato entrou em cena e estamos outra vez inicio desta pequena crónica]:
pois afinal o carrapato parece não ter nada a ver com estas histórias que se justificam no 1º dia de maio
nota final [em jeito de conclusão e para arrumar de vez, pelo menos desta vez, com o assunto: as maias ou giestas, como também são conhecidas popularmente, terão sido utilizadas em recuados e bíblicos tempos como marcadores: ou para que não se confundisse o caminho no regresso, ou para sinalizar a casa de um dos seus [do seu povo] de quem se exigiria o sangue no dia seguinte. Ora nesta segunda hipótese o que terá acontecido é que na manhã de 1 de maio, sob o escaldante sol do médio oriente todas as casas estavam marcadas iludindo a marcação.] ontem como hoje já que a tradição aconselha a que assim se faça, não vá o carrapato …