Monday, June 4, 2007

jäniksen vuosi



Risto Jarva realizou-o em 1977 sobre o best-seller de Arto Paasilinnan. Estou a escrever sobre um filme [como logo perceberam] e sei que já por cá andou, provavelmente legendado. Ontem vi-o no sossego de casa e em boa e conveniente companhia. Sem legendas.
Nada desta conversa será relevante [dirão] e assim ficaria não fosse o tema [reflectido a várias conversas que por aqui vão passando] e a circunstância.

O tema é da actualidade ainda que a marca dos 70's para os 80's se inscrevam no visual [os objectos, o vestuário, o design, a arquitectura, os modos, os ditos e os pensados] de um cinema que se representa no tempo que representa: um filme que revolve os dias em que ele próprio se constrói. Está dito [dirão: acabas de o afirmar] que o ano da lebre, pois é este o seu título em tradução literal, é uma obra datada. Poder-se-á vê-lo assim, mas não foi assim que o vi. E tenho muitas razões para acentuar que foi assim visto, pois a trama do filme [do romance homónimo] estava seguramente escrita. E o que eu vi foi um filme não legendado, concebido e realizado a partir de uma obra literária que ainda não li [a propósito, jäniksen vuosi já tem tradução em algumas dezenas de línguas mas falta-lhe o português no currículo].
Tenho uma teoria sobre a virtude e o vício das traduções, legendagens e etc. mas não é para agora, fica para outro dia. Uma coisa é certa: na ausência destas opções faz-se mais obrigatória e fundamental a imagem [e de fotografia parece que
Risto Jarva tinha créditos]. E a história foi assim feita de fotogramas sobre as palavras [duplamente] imaginadas.
Transformada a palavra escrita fica o filme que ontem vi, sem mais.

outra forma de chegar à trama que se vê ...

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