Wednesday, June 6, 2007

sobre a nudez


Não sei em que edição vamos, mas a cá de casa é a 4ª da Caminho [uma terra sem amos, como insiste a editora] de 1992. O original Crónica del Rey Pasmado foi publicado em 89. Há também o filme com o mesmo título que [tenho quase a certeza] vi antes de ler o livro. E que reservava a surpresa [?] de um jesuíta português desempenhado por Joaquim de Almeida. A pesquisa [de hoje] na net, do autor, e dos específicos livro e filme, revelou-se frustrante: pouco ou nada de ambos, uma ficha no IMDb, e já está. Nada de entrevistas, recensões, imagens, e muito menos uns minutinhos da excelência de Gonzalo Torrente Ballester no youtube de todas as banalidades. Nem na Wikipedia, imagine-se!
Porque o merecimento é muito fica então aqui este rasto da sua luz.

Quanto ao filme deve haver por aí cópia [vhs?] não sei se legal ou … pois passou nas televisões [não me lembro qual, mas palpita-me a 2] e tenho a certeza que repeti a dose, mais do que uma vez de tempos a tempos [a versão de cinema-cinema no Carlos Alberto ou Lumiére, ainda].

Faltam quatro dias para que se extinga a feira do livro [e em recinto coberto espero que de vez!] mas ainda estão a tempo de o procurar [escolham hora de pouco movimento ou grande confusão se não querem ser vistos a rondar o caminho]. E divirtam-se.

Já agora, e a propósito da dita feira, vou vender pelo preço que comprei, a notícia [?] de que a próxima [no tempo 2008…] feira do livro do Porto se irá realizar na ribeira de Gaia [!]. Vale o que vale e ainda há caminho para andar até lá. E diga-se que a novidade foi a resposta inocente [de uma feirante em exercício] à minha crítica [lamúria...] pelo enclausuramento dos livros, fugidos da claridade de Maio-Junho, dos finais apaziguadores dos dias quentes, sob o arvoredo [!?], com aquela música estereotipada entrecortada pela voz monocórdica das promoções, dos autores, dos autógrafos, dos enciclopédicos dias disto e daquilo. Bom, isto já sou eu a efabular enquanto mantenho a saudade que a ausência de cidade espevita.

Não fiquem pasmados [como eu fiquei, confesso, que apesar de tudo…] porque o título pertence a quem queria ver a rainha nua, não o rei.






3 comments:

Neves de ontem said...

Gonzalo Torrente Ballester, foi um grande romancista nascido em Ferrol, na Galiza. Ele escreveu em espanhol e morou muito tempo em Salamanca onde era professor de ensino secundário. Casou duas vezes e teve onze filhos. Há uma fundação que leva o seu nome e e dirigida por um dos seus filhos, Álvaro. Escreveu obras muito conhecidas na Espanha como "Los gozos y las sombras" (levada à televisão com muito éxito), "La saga/fuga de J.B.", "la isla de los jacintos cortados", "La princesa durmiente va a la escuela", "Quizá nos lleve el viento al infinito", "Off-side", "Los cuadernos de un vate vago". Tinha o hábito de tomar café na esplanada do café Novelty, na praça Maior de Salamanca e depois de morrer fizeram uma estátua em bronze neste histórico café onde está sentado à direita da porta. Se quiser mais informação pode encontrar com certeza no Cervantes virtual o na página da Fundação. Cumprimentos.

Neves de ontem said...

No que respeita ao filme, o realizador chama-se Imanol Uribe e teve oito prémios Goya por este filme (1991). Outros filmes seus s4ao "El proceso de Burgos"(1980), "La fuga de Segovia"(1981), "la muerte de Mikel", "Días contados" (1994), "Plenilunio"(2000), "El viaje de Carol" (2002).
Se continua a ter curiosidade, no meu blog tem as ligações da Wikipedia espanhola, do Cervantes virtual e da Fundação Príncipe de Asturias onde pode encontrar mais informação. Cumprimentos.

p.BdeA said...

Já agradeci os comentários mas quero voltar a fazê-lo no momento em que tenho que "dar a mão à palmatória". Só que uma certa impaciência me havia impedido de rastrear devidamente o nosso galego Gonzalo Torrente Ballester neste "world of bits". De facto GTB tem até um muito oficial
www.gonzalotorrenteballester.com, entrada nas Wiki's e fundação www.fgtb.org refenciada. Já agora [e em jeito de confissão] tenho que revelar que fui apanhado por causa da maldita cedilha [não vejam nisto recalcada referência a tal apêndice do corpo c]. Já se vê: troquei o cedilhado pelo devido z. [nada a ver com pronúncia do Porto ou do Norte!] Enfim "borrei" a pesquisa [que é como quem diz "apaguei" o pesquisado da pesquisa!].
A "neves de ontem" mais uma vez: aqui fica o registo que o GonZalo merece e aceno do agradecido vizinho.